Uma história de liberdade! Marco Aurélio é aluno do Centro de Treinamento Bíblico Rhema convencional, em Campo Grande, no Rio de Janeiro (RJ). Mas antes disso, ele fez parte das salas de aula do Rhema no Sistema Prisional, onde conheceu a Palavra revelada e viveu uma verdadeira transformação através da fé e obediência.

A trajetória de Marco Aurélio começou quando ele se encontrava no presídio Jonas Lopes de Carvalho, conhecido como Bangu 4. Ele estava com seus companheiros de cárcere e orava a Deus por um lugar em que pudessem aprender a Palavra e também pregá-la.

O diretor do Rhema no presídio masculino no Rio de Janeiro (RJ), Anthony Guedes, conta que no complexo que Marcos estava ainda não tinha uma unidade da escola, pois naquele mesmo ano, ele e sua equipe estavam implantando o Rhema em outro presídio, o Lemos de Brito.

Segundo Anthony, eles já tinham realizado até mesmo as aulas demonstrativas no Lemos de Brito. Todos estavam com expectativas para o começo das aulas do primeiro Rhema naquele presídio do Rio de Janeiro, que seria em abril de 2018. Mas dois dias antes da data, o diretor da unidade prisional onde seria o curso os ligou dizendo que não poderia haver aula, pois todos os apenados foram transferidos para outra unidade, inclusive os alunos escolhidos para o Rhema.

“Tínhamos duas opções: darmos a entrada toda novamente na nova unidade para onde os alunos definidos primeiramente foram, ou iniciarmos com os apenados novos que chegaram e ainda nem sequer conhecíamos”, disse o diretor.

Assim, após tomarem uma decisão, o Rhema no Sistema Prisional do Rio de Janeiro prosseguiu na unidade Lemos de Brito, com os novos alunos transferidos de outras unidades, à exemplo de Marcos.

Ao conhecerem-no, Anthony e sua equipe se surpreenderam quando o próprio Marcos e seus colegas disseram que um dos seus antigos companheiros havia lido o livro O nome de Jesus, do irmão Kenneth E. Hagin, na biblioteca da penitenciária. Eles contaram que aquele homem ficou maravilhado com a doutrina descrita no livro e logo começou a ensinar aos seus colegas. Assim surgiram reuniões e eles passaram a se identificar como a igreja dos irmãos de Bangu 4.

“Eles nos contaram que ao final de cada encontro, oravam para que alguém pudesse ensinar aquela mesma palavra Rhema para eles. Eu perguntei desde quando eles começaram a orar e eles responderam que há dois anos, desde 2016, justamente o ano em que o Rhema no Sistema Prisional chegou no Rio”, disse Anthony.

A transformação

Antes da transferência para o novo presídio, ainda em Bangu 4, Marcos havia passado por uma grande frustração. Estava tudo certo para ele se casar em uma cerimônia coletiva no presídio onde havia conhecido sua noiva. Porém, ela desistiu do casamento de última hora.

“O meu chão se abriu e eu não conseguia entender. De repente vi tudo se acabar na minha vida sentimental. Para completar, fomos transferidos de Bangu 4 para a unidade Lemos de Brito”, comentou Marcos, que revelou que estava entrando em uma depressão devido as suas decepções.

“Mas Deus tem seus meios de agir. Quando tudo parecia perdido, chegou a solução. Após a transferência, fomos informados de que haveria o primeiro curso do Rhema no Sistema Prisional no Rio de Janeiro. Comecei a frequentar as aulas e a cada dia que eu me deparava com a tristeza, Deus se manifestava nas aulas, me tranquilizando e me dando força. De módulo em módulo, eu ia me fortalecendo. O Rhema veio como um alívio para  a minha alma”, disse Marcos, relembrando esse período marcante.

A Palavra foi transformando Marcos de maneira cada vez mais impactante. Isso ocorreu não só com ele, mas na vida dos seus colegas de cárcere também.

Marcos não concluiu o Rhema no presídio, porque foi transferido para o regime semiaberto. Na época, ele encontrou o diretor do Rhema nos presídios e disse que Deus o tinha dado uma palavra, dizendo que ele não voltaria mais para a prisão.

Aquela palavra se cumpriu. Marcos Aurélio chegou a concluir o primeiro ano do Rhema no Sistema Prisional; porém, em 2020, ele foi oficialmente liberto e uma nova estação começou em sua vida. Cumpriu-se o que diz em II Coríntios 5.17“[…] eis que tudo se fez novo!”.

“Deus restaurou a minha vida. Sou grato a Ele, aos professores, diretores e aos irmãos que colaboram com essa visão. Tudo isso é a mão de Deus na minha vida.”

Hoje, Marcos se tornou presbítero na igreja em que congrega e passou a trabalhar na Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro. Ele deixou para trás uma história de fracassos, namorou e se casou em santidade com uma irmã de sua igreja, chamada Denise da Cruz.

A união ocorreu em 2021 e, atualmente, ambos cursam o segundo ano do Rhema convencional, na escola do bairro Campo Grande, no Rio de Janeiro (RJ).

“Deus é capaz de fazer uma intervenção federal para responder a oração e alcançar os seus filhos”ressaltou o diretor Anthony Guedes.

Uma das professoras do presídio em que Marco estudou, Aretha Aguiar, comentou sobre a experiência de ter visto a transformação do aluno:

“Marco, um dia estava lá no presídio, ouvindo e recebendo a Palavra com mansidão e crescendo em fé. Grande foi a minha alegria, ao encontrá-lo depois, não mais no presídio, e sim dentro da sala de aula convencional, quando estive ensinando no Rhema Campo Grande. 

Conheci sua esposa, que estuda com ele também, e meu coração se encheu ainda mais de gratidão por fazer parte desta visão. A Palavra funciona! Deus é bom e seu amor não falha! Creio que é só o começo de grandes coisas que o Pai fará na vida de Marco Aurélio e que através de seu testemunho de transformação, muitas outras vidas serão mudadas”, disse Aretha.

Bruno Cesar Guimarães, também professor do Rhema no Sistema Prisional, deixou o seu testemunho sobre Marco:

“Tive o privilégio de ser o primeiro professor do Rhema no Sistema Prisional Masculino aqui no Rio de Janeiro e me lembro bem que, na aula de consagração, quase a metade daqueles homens foram batizados no Espírito Santo. Marco Aurélio estava nesse meio. Também pude ver a sua transformação a cada encontro que tivemos nesses dois anos, enquanto ministrei algumas matérias. Que transformação!

Me recordo das pressões que ele passava na sua vida pessoal, das orações que ele nos pedia, da sede por aprender mais e o brilho em seus olhos enquanto ele ministrava a Palavra no último módulo. Agora, o vejo fora do presídio, casado, cumprindo seu ministério, pregando e avançando. Não há pagamento maior, não há uma descrição que seja satisfatória para a alegria, o orgulho e a gratidão que tenho no coração.”